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Artigo Original

Valores espirométricos de crianças e adolescentes com baixa estatura

Spirometric values in children and adolescents with short stature

Naiza Alessandra Dorneles, Nelson Augusto Rosário Filho, Carlos Antônio Riedi, Margareth Cristina Boguszewski, João Adriano de Barros

ABSTRACT

Background: Several factors influence the pulmonary function values considered normal. In children of short stature, there are difficulties in interpreting the pulmonary function. Objective: To assess spirometric values in children and adolescents with short stature and to identify a correction factor to adequately predict the expected values for this population. Method: A prospective selection of 77 patients was made, all with short stature and no respiratory disease. These patients were submitted to spirometry, transcutaneous hemoglobin oxygen saturation, chest perimeter measurement, and immediate hypersensitivity testing. Bone age was assessed by wrist X-rays. The data obtained by spirometry (FVC, FEV1, and FEF25-75%) were compared with those of Polgar and Promadhat (1971), predicted in three ways: a) by actual height; b) by height estimated at the 50th percentile for chronological age (CA); c) by height estimated at the 50th percentile for bone age (BA). Results: The mean height was 133.3 ± 13.2 cm, and the deficit in relation to the third percentile was 5.4 ± 6.0 cm. The values obtained for FVC, FEV1, FEF25-75%, were significantly higher than those predicted by actual height. The mean FEV1 obtained was 2.42 ± 0.71 L, and the predicted (actual height) was 2.10 ± 0.64 L; according to the height estimated by BA and CA, the values were 2.27 and 2.86 L, respectively. The mean FVC1 was 2.20 ± 0.6 L, and the predicted was 1.90 ± 0.55 L. With the height estimated for bone age and chronologic age, the predicted values were 2.10 and 2.60 L, respectively. Conclusion: Children and adolescents with short stature have higher spirometric values than predicted for their actual height. These findings suggest that the height estimated at the 50th percentile for bone age can be used to evaluate pulmonary function.

Keywords: Lung function. Short stature.

RESUMO

Introdução: Vários fatores influenciam os valores de função pulmonar considerados normais. Existe dificuldade para a interpretação da função pulmonar de crianças com baixa estatura. Objetivo: Avaliar valores espirométricos em crianças e adolescentes com baixa estatura e identificar um fator de correção que possa prever de forma adequada os valores previstos para essa população. Método: Foram selecionados prospectivamente 77 pacientes com baixa estatura e sem doença pulmonar. Os pacientes foram submetidos a: espirometria, saturação transcutânea do oxigênio da hemoglobina, medida do perímetro torácico e testes de hipersensibilidade imediata. A idade óssea foi obtida por radiografia de punho. Os dados obtidos pela espirometria (CVF, VEF1 e FEF25-75%) foram comparados com os de Polgar e Promadhat (1971) previstos de três formas: a) pela estatura real; b) pela estatura estimada no percentil 50 para a idade cronológica (IC); c) pela estatura estimada no percentil 50 para a idade óssea (IO). Resultados: A média da estatura foi 133,3 ± 13,2cm e o déficit em relação ao 3º percentil, de 5,4 ± 6,0cm. Os valores de CVF, VEF1 e FEF25-75% obtidos foram significativamente maiores que os previstos pela estatura real. A média obtida da CVF foi de 2,42 ± 0,71L e a prevista (estatura real), de 2,10 ± 0,64L; pela estatura estimada para IO e IC, os valores foram, respectivamente, de 2,27 e 2,86L. A média do VEF1 foi de 2,20 ± 0,6L e o previsto, de 1,90 ± 0,55L. Com a estatura estimada para a IO e IC, os valores previstos foram de 2,10 e 2,60L, respectivamente. Conclusão: Crianças e adolescentes com baixa estatura têm valores de espirometria maiores que os previstos para a estatura real. Esses achados sugerem que a estatura estimada no percentil 50 para a idade óssea pode ser utilizada para avaliação da função pulmonar.

Palavras-chave: Espirometria. Baixa estatura.


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