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Artigo Original

Óbitos atribuídos à tuberculose no Estado do Rio de Janeiro

Deaths attributed to tuberculosis in the state of Rio de Janeiro

Lia Selig, Márcia Belo, Antônio Jose Ledo Alves da Cunha, Eleny Guimarães Teixeira, Rossana Brito, Ana Lucia Luna, Anete Trajman

ABSTRACT

Background: In 1998, tuberculosis incidence and mortality rates in the state of Rio de Janeiro (RJ) were the highest in Brazil. However, the RJ tuberculosis database (SINAN-TBRJ) has proven unreliable. Objective: To evaluate the current tuberculosis control program by analyzing tuberculosis-attributed deaths. Methods: Descriptive studies of the SINAN-TB-RJ and tuberculosis mortality (SIM-TB-RJ) databases were carried out. Both databases were linked using the Reclink program. A study based on medical records was performed in the five hospitals where the greatest numbers of tuberculosis deaths occurred. Results: In the SINAN-TB-RJ database, 16,567 cases were registered in adults (> 14 years of age). Pulmonary disease was present in 13,989 (84.5%), of whom 8223 (56.8%) presented sputum smears that were positive for acid fast bacilli. Anti-HIV testing, recommended for all patients with tuberculosis, was performed in only 4141 (25%) of tuberculosis cases. The SIM-TB-RJ database showed 1146 deaths that were attributed to tuberculosis. Only 478 (41.7%) of those had been reported to the health care system (SINAN-TB-RJ). Among the 302 medical records analyzed, 154 (50.9%)recorded hospitalizations of up to 10 days and 143 (47.3%) had respiratory symptoms for more than 60 days before diagnosis. Among 125 cases of retreatment, the RHZE regimen recommended by the Brazilian Ministry of Health was prescribed for only 43 (34.4%). Conclusion: This study demonstrates weakness in the RJ tuberculosis control program, characterized by delayed diagnosis, limited use of the recommended tests, poor reporting, and non-compliance with the Ministry of Health guidelines.

Keywords: Tuberculosis. Epidemiology. Program Evaluation

RESUMO

INTRODUÇÃO:Em 1998, o Rio de Janeiro era o estado de maior incidência e mortalidade por tuberculose do Brasil. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação em Tuberculose (SINAN-TB-RJ) não era confiável. OBJETIVO: Utilizar o estudo dos óbitos por tuberculose como instrumento de avaliação do programa de controle de tuberculose. MÉTODO: Foram realizados estudos descritivos do SINAN-TB-RJ e do Sistema de Informação de Mortalidade em tuberculose do Rio de Janeiro (SIM-TB-RJ) e os dois bancos de dados foram cruzados utilizando-se o programa Reclink. Foi também realizado um estudo baseado em prontuários dos cinco hospitais onde ocorreu o maior número de óbitos por tuberculose. RESULTADOS: Em 1998 foram registrados no SINAN-TB-RJ 16.567 casos de tuberculose em maiores de 14 anos. A forma pulmonar estava presente em 13.989 (84,5%) casos, dos quais 8.223 (56,8%) tiveram baciloscopia positiva. A sorologia anti-HIV, recomendada para todos os pacientes com tuberculose, foi solicitada em apenas 4.141 (25%) casos. No SIM-TB-RJ foram registrados 1.146 óbitos, dos quais 478 (41,7%) casos haviam sido notificados no SINAN-TB-RJ, entre 1995 e 1998. Dos 302 prontuários estudados, em 154 (50,9%) o período de internação foi inferior a 10 dias. O tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi superior a 60 dias em 143 (47,3%) pacientes. Dos 125 pacientes em re-tratamento, para apenas 43 (34,4%) foi prescrito o esquema RHZE recomendado pelo Ministério da Saúde. CONCLUSÃO: O estudo demonstra que a tuberculose é sub-notificada, o diagnóstico é tardio, a utilização dos exames laboratoriais recomendados é baixa e as normas do Ministério da Saúde não são cumpridas.

Palavras-chave: Tuberculose. Epidemiologia. Avaliação de programas


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