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ISSN (on-line): 1806-3756

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Artigo Original

A confusa nomenclatura da ausculta pulmonar brasileira

The confusing Brazilian pulmonary auscultation nomenclature

Mariam Patrícia Auada, Gisele Laguna Vitória, João Adriano de Barros

ABSTRACT

After the invention of the stethoscope by Laënnec in 1816, the nomenclature for lung sounds was spread without following a specific structure, becoming confusing and lacking precision. Since 1985 a great effort has been made to reach a terminology standardization, based on physical patterns such as frequency, duration, and amplitude. The evaluation of the terminology employed by Brazilian pneumologists in reported cases is the object of this study. A retrospective study of reported cases published in Jornal de Pneumologia has been performed between 1985 and 1997, regarding the pulmonary auscultation described. The data were compared to those proposed by the Symposium on Lung Sounds, in 1985. Out of 131 cases, 72 reported altered pulmonary auscultation, presenting 30 distinctive denominations for lung sounds. It is, therefore, easy to notice that pneumologists are not yet familiar with the current nomenclature. It is important to highlight that 31 cases did not report pulmonary auscultation even in a pneumology publication, which serves to show the underestimation of the method. Pulmonary auscultation is a quick, non-invasive, low-cost, and great clinical guiding means which must be recognized among other techniques applied for diagnosis.

Keywords: Auscultation. Stethoscope. Respiratory sounds. Nomenclature.

RESUMO

Após a invenção do estetoscópio por Laënnec, em 1816, a nomenclatura dos sons pulmonares disseminou-se desestruturadamente, tornando-se confusa e imprecisa. Desde 1985 trabalha-se pela uniformização terminológica, baseada em padrões físicos como freqüência, duração e amplitude dos sons. A avaliação da terminologia empregada por pneumologistas brasileiros em relatos de caso é o objetivo deste estudo. Foi realizado um estudo retrospectivo dos relatos de caso publicados no Jornal de Pneumologia entre 1985 e 1997 quanto à ausculta pulmonar descrita. Os dados foram comparados ao proposto no Symposium on Lung Sounds, de 1985. Em 131 casos, 72 relatavam ausculta pulmonar alterada, apresentando 30 denominações distintas para os sons pulmonares. Concluiu-se que os pneumologistas não estão ainda familiarizados com a atual nomenclatura. Ressalta-se o fato de 31 casos não relatarem ausculta pulmonar, mesmo em publicação em pneumologia, revelando a subvalorização do método. A ausculta pulmonar é um meio rápido, não invasivo, de baixo custo e ótimo direcionamento clínico, devendo ser valorizada ao lado de outras técnicas diagnósticas.

Palavras-chave: Ausculta. Estetoscópio. Sons respiratórios. Nomenclatura.


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