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Maria Conceição de Castro Antonelli Monteiro de Queiroz, Maria Auxiliadora Carmo Moreira,Marcelo Fouad Rabahi

Ao Editor:

Agradecemos aos autores Filio Kotrogianni, Foteini Malli e Konstantinos I Gourgoulianis o interesse em ler nosso artigo, o que nos honra e incentiva a continuarmos na linha de pesquisa de uma doença tão grave como a DPOC, que é ainda delegada ao segundo plano em várias partes do mundo.

Observamos na sua carta que o problema da subutilização da espirometria também acontece em seu País, o que reforça nossa prerrogativa de que isso não acontece só em países em desenvolvimento.

É interessante o relato de que a maioria dos fumantes estudados tinha sintomas respiratórios e que a maioria daqueles com espirometria anormal eram sintomáticos do ponto de vista respiratório. Isso reforça a proposta de busca ativa de pacientes, sugerida pelo Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease em 2013, ao invés da triagem por espirometria.

No Brasil, a atenção primária é o primeiro contato dos pacientes com o sistema de saúde e, portanto, esse atendimento deveria estar preparado para prevenir, diagnosticar e conduzir os problemas de maior frequência e relevância na comunidade. Nosso estudo e a carta de nossos colegas revelam a necessidade de se melhorar a detecção precoce e o diagnóstico da DPOC, reduzindo o impacto e a gravidade do problema. Além disso, eles alertam sobre a necessidade de educação em saúde para fumantes e pacientes com DPOC, para que esses compreendam a natureza da sua doença, os fatores de risco para a progressão da doença, seu papel no combate à doença e a função dos profissionais de saúde. Tais informações podem auxiliar os gestores da área de saúde a otimizar a formação dos profissionais de saúde da atenção básica para o diagnóstico da DPOC e propiciar o aumento da disponibilidade do uso da espirometria diagnóstica.

Considerando a perspectiva mundial de crescimento na prevalência da DPOC, estudos como os nossos demonstram a necessidade de ações no âmbito do atendimento primário para alertar os médicos clínicos quanto a sua responsabilidade na suspeita diagnóstica inicial. Apesar de não ter um alto custo, a espirometria diagnóstica continua sendo oferecida em poucas unidades de atendimento, dificultando o diagnóstico definitivo da DPOC no Brasil; seu uso, portanto, deve ser expandido.

 
Maria Conceição de Castro

Antonelli Monteiro de Queiroz

Médica Assistente, Serviço de Pneumologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás, Goiânia (GO) Brasil



Maria Auxiliadora Carmo Moreira

Professora Associada. Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás, Goiânia (GO) Brasil



Marcelo Fouad Rabahi

Professor Adjunto, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás, Goiânia (GO) Brasi


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