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ISSN (on-line): 1806-3756

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Editorial

Pronação na SDRA por COVID-19: mais prós do que contras

Prone positioning in COVID-19 ARDS: more pros than cons

Denise Battaglini1, Paolo Pelosi1,2, Patricia R M Rocco3

DOI: 10.36416/1806-3756/e20220065

Pacientes com COVID-19 grave podem desenvolver insuficiência respiratória aguda com necessidade de ventilação mecânica.(1) A pronação é uma terapia de resgate para pacientes com SDRA com hipoxemia refratária à ventilação mecânica protetora com FIO2 alta.(2)
 
Na SDRA associada a COVID-19, a pronação demonstrou melhorar a oxigenação e está associada a melhores desfechos. A melhora da oxigenação e a redução do risco de lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica podem ser explicadas por uma distribuição mais homogênea das pressões transpulmonares, que abre as áreas atelectásicas dorsais, reduzindo o estresse pulmonar regional.(3)
 
Na SDRA por COVID-19, diferentes fenótipos foram propostos.(1) No fenótipo 1, o peso pulmonar e a complacência pulmonar podem se encontrar relativamente normais, o recrutamento alveolar é mínimo, e a hipoxemia se deve principalmente ao aumento de regiões pulmonares com baixa relação ventilação/perfusão.(4) Por outro lado, no fenótipo 2, o peso pulmonar se encontra aumentado, a complacência pulmonar se encontra marcadamente reduzida, o recrutamento alveolar é variável, e a hipoxemia se deve principalmente ao aumento do shunt verdadeiro. Ambos os fenótipos são caracterizados por aumento do desperdício ventilatório (alta ventilação do espaço morto e regiões pulmonares com alta relação ventilação/perfusão).(5) Portanto, os efeitos da pronação na SDRA por COVID-19 podem diferir daqueles observados na SDRA associada a COVID-19. Até o momento, poucos ensaios clínicos randomizados relataram benefícios da pronação na SDRA por COVID-19.
 
Em um estudo publicado nesta edição do Jornal Brasileiro de Pneumologia, Cunha et al.(6) tiveram como objetivo identificar fatores que levam a uma resposta positiva da oxigenação e preditores de mortalidade após a pronação em pacientes com COVID-19 em ventilação mecânica. Foi realizado um estudo de coorte multicêntrico em sete hospitais brasileiros, incluindo pacientes com diagnóstico suspeito ou confirmado de COVID-19 que estavam em ventilação mecânica invasiva, apresentavam PaO2/FIO2 < 150 mmHg e foram posicionados em pronação. Uma melhora na relação PaO2/FIO2 de pelo menos 20 mmHg após a primeira sessão de pronação foi definida como resposta positiva. Dos 574 pacientes estudados, 412 (72%) apresentaram resposta positiva à primeira sessão de pronação. A regressão logística múltipla mostrou que os “respondedores” apresentaram menores pontuações no Simplified Acute Physiology Score III e no SOFA, menores níveis de dímero D e menor relação PaO2/FIO2 basal. Idade, tempo até a primeira sessão de pronação, número de sessões, comprometimento pulmonar e imunossupressão foram associadas a maior mortalidade. No geral, embora a pronação tenha levado à melhora da oxigenação, essa melhora não foi associada à melhor sobrevida.
 
A definição de “respondedores” em pacientes com COVID-19 é heterogênea entre os estudos,(7-9) incluindo o uso de diferentes limiares para resposta da oxigenação (por exemplo, aumento da PaO2/FIO2 ≥ 20 mmHg; aumento da PaO2/FIO2 ≥ a mediana da variação percentual da PaO2/FIO2; PaO2/FIO2 ≥ 150 mmHg após o retorno à posição supina) e o uso da razão ventilatória.
 
O impacto da melhora da oxigenação durante a pronação nos desfechos definitivos é controverso. Um efeito benéfico da pronação precoce na sobrevida foi relatado em pacientes com PaO2/FIO2 ≤ 150 mmHg ou PaO2/FIO2 ≤ 100 mmHg.(7) Outros autores(8,9) encontraram maior mortalidade em não respondedores (Tabela 1). No estudo de Cunha et al.,(6) a pronação aumentou a oxigenação e a FR, mas não foi associada a melhora da mecânica do sistema respiratório (complacência, pressão de distensão ou pressão de platô).

 
Nos respondedores, a pronação promove recrutamento alveolar com maior perfusão regional das áreas dorsais. Nos não respondedores, a pronação não redistribui as densidades pulmonares, e a perfusão é redistribuída principalmente para as regiões dependentes do pulmão. No fenótipo 2 da COVID-19, a oxigenação pode melhorar em virtude da redistribuição do fluxo sanguíneo pulmonar das regiões dorsais do pulmão para as ventrais, mas não em virtude de um recrutamento alveolar efetivo.(10)
 
Os dados sugerem que o uso precoce da pronação e o número de sessões de pronação podem estar associados a melhores desfechos.(11,12) No estudo de Cunha et al.,(6) o tempo até a pronação não foi fixado nem definido a priori, o que pode explicar os não respondedores cuja primeira sessão de pronação ocorreu tardiamente no curso da COVID- 19, embora o número de sessões não tenha diferido entre não respondedores e respondedores. Isso pode ser explicado pelo fato de os clínicos desempenharem um papel crucial na tomada de decisão, individualizando o momento e o número de sessões. Na maioria dos estudos anteriores, a decisão sobre a pronação dos pacientes ficou a critério do médico assistente em vez de ser padronizada entre os centros (Tabela 1).
 
Dados sobre o momento da intubação foram relatados. No entanto, o momento ideal da intubação tornou-se pedra angular no tratamento da COVID-19 e, sabidamente, está associado aos desfechos. Pacientes com o fenótipo 1 da COVID-19 podem se beneficiar inicialmente do suporte respiratório não invasivo, pois respondem melhor a maior FIO2 e a níveis moderados de PEEP fornecidos pela CPAP não invasiva.(13) Por outro lado, a piora da oxigenação durante o suporte respiratório não invasivo ou a presença do fenótipo 2 da COVID-19 requer intubação imediata e precoce e ventilação mecânica invasiva.
 
Cunha et al.(6) listaram algumas limitações de seu estudo, incluindo o desenho retrospectivo (nem todos os dados puderam ser encontrados nos prontuários médicos eletrônicos, e não conseguiram controlar a prescrição e o momento da pronação), a ausência de uma análise de poder a priori ou um protocolo pré-planejado, o pequeno tamanho da amostra, a falta de grupos controle e a falta de descrição de outras terapias de resgate (por exemplo, óxido nítrico inalatório, manobras de recrutamento e oxigenação por membrana extracorpórea), que podem afetar os desfechos dos pacientes.
 
A mortalidade geral no estudo de Cunha et al.(6) foi de 69,3%, o que sugere que esses pacientes com COVID-19 grave apresentam alto risco de morte. Essa taxa de mortalidade é alta em comparação com as relatadas em outros estudos envolvendo pacientes com COVID-19 submetidos à pronação (Tabela 1). A pronação é apenas uma parte do conceito terapêutico que inclui uma sofisticada estratégia ventilatória, controle rigoroso do balanço hídrico e manejo hemodinâmico exclusivo, todos os quais podem afetar os desfechos.(3)
 
Em conclusão, o estudo de Cunha et al.(6) aprimora nossos conhecimentos sobre o uso da pronação em pacientes com COVID-19 com insuficiência respiratória hipoxêmica grave, sugerindo que essa manobra deva ser utilizada precocemente, independentemente da resposta da oxigenação. No entanto, seus achados não podem ser generalizados sem confirmação em estudos controlados randomizados maiores.
 
CONTRIBUIÇÕES DOS AUTORES
 
DB: revisão e aprovação do manuscrito final. PP e PRMR: autoria sênior e aprovação do manuscrito final.
 
CONFLITO DE INTERESSE
 
Não declarado.
 
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