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ISSN (on-line): 1806-3756

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Artigo Original

Pesquisa sobre tabagismo entre médicos de Rio Grande, RS: prevalência e perfil do fumante

Cigarette smoking survey among physicians of Rio Grande, Rio Grande do Sul: prevalence and smoker's profile

Luís Suárez Halty, Maura Dumont Hüttner, Isabel de Oliveira Netto, Thaís Fenker, Tatiana Pasqualini, Berenice Lempek, Adriana Santos, Alessandra Muniz

ABSTRACT

Smoking is a serious public health problem. The campaign against tobacco is largely supported by health professionals, especially doctors. The physician is a model for the community and therefore should give the example avoiding smoking. Objectives: This work seeks to evaluate the magnitude and the distribution of smoking habit among physicians in Rio Grande, state of Rio Grande do Sul, southern Brazil, and characterize the smoking doctor's profile. Method: Data were obtained, in 1999, through application and analysis of a questionnaire, based on the model proposed by WHO, among 333 physicians of whom 213 (64%) were men and 120 (36%) were women. The average age of the sample was 43 (± 10.5) years with 65.1% between 30 and 50 years. Results: Smoking prevalence was 18.3% (15.9% regular smokers and 2.4% occasional smokers). Regular smoking prevalence was 17.8% among males and 12.5% among females, with no significant statistic difference (p > 0.05). The mean number of cigarettes smoked was 24.3 packets/years, being superior among men and increasing with age. It was verified that 86.8% of the smokers began smoking before 20 years of age, due to their desire or friends' influence in 63.2% of the cases. Conclusion: Although smoking prevalence among Rio Grande physicians is lower than in other countries, it is still unacceptable. Since this class has a decisive role in the prevention and fight against smoking, a specific campaign against tobacco among these professionals would greatly justify.

Keywords: Smoking. Prevalence. Physicians. Epidemiological

RESUMO

O tabagismo é um grave problema de saúde pública. A luta antitabágica está em grande parte alicerçada nos profissionais da área da saúde, em especial, nos médicos. O médico frente à sua comunidade é um modelo de conduta e como tal deve dar o exemplo de não fumar. Objetivo: Avaliar a magnitude e distribuição do tabagismo na população médica de Rio Grande, RS, e caracterizar o perfil do fumante. Método: Os dados foram obtidos no ano de 1999, através da aplicação e análise de questionário, elaborado segundo modelo proposto pela OMS, entre 333 médicos, sendo 213 (64%) homens e 120 (36%) mulheres. A média de idade da amostra foi de 43 (± 10,5) anos, com 65,1% no grupo de 30 a 50 anos. Resultados: Constatou-se prevalência de tabagismo atual de 18,3% (15,9% fumantes regulares + 2,4% fumantes ocasionais). A prevalência de tabagismo regular quanto ao gênero foi de 17,8% entre homens e 12,5% entre mulheres, sem diferença estatisticamente significante (p > 0,05). O consumo de cigarros foi, em média, de 24,3 maços/ano, sendo maior no sexo masculino e aumentando com a idade. Verificou-se que 86,8% dos fumantes iniciaram o tabagismo antes dos 20 anos de idade, tendo por motivação, em 63,2% dos casos, a vontade própria e/ou influência dos amigos. Conclusão: Embora a prevalência tabágica entre os médicos rio-grandinos seja inferior à de outros países, ainda é inaceitável, visto que esta categoria tem papel determinante na prevenção e na luta antitabágica, justificando uma campanha contra o fumo entre eles.

Palavras-chave: Prevalência. Tabagismo. Médicos. Perfis epidemiológico


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