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Artigo Original

Morbidade respiratória em crianças fumantes passivas

Respiratory morbidity among passive smoking children

Luisa Maria Torres de Carvalho, Eanes Delgado Barros Pereira

ABSTRACT

Objective: To study the prevalence of respiratory morbidity among passive smoking children and to determine the effects of environmental tobacco smoke in the upper and lower respiratory system of these children in the city of Fortaleza, Ceará, Brazil. Cases and method: This is a cross sectional study of 1,104 children under the 5 years old. Information about respiratory symptoms and illnesses of the children, family history of respiratory diseases, smoking habits of household members and housing conditions were assessed by a questionnaire addressed to the children's parents. Results: Among the 1,104 children, 558 were males and 546 were females. Respiratory morbidity was greater in the children exposed to environmental tobacco smoke than in those who were not exposed (82% vs 74%). Regarding the lower respiratory tract, the most frequent complaints were wheeze (57.7%; OR = 1.32; IC 95%: 1.04-1.68), dyspnea (43.8%; OR = 1.56; IC 95%: 1.22-1.99), asthma, bronchitis or pneumonia (29.4%; OR = 1.31; IC 95%: 1.00-1.71). As to the upper respiratory tract, rhinitis was the most frequent complaint (38.1%; OR = 1.46; IC 95%: 1.13-1.88). Logistic regression analysis showed that the lower respiratory tract complaints were associated with: mother's smoking (OR = 2.02; IC 95% 1.12-3.66); father's smoking (OR = 1.99; IC 95%: 1.16-3.40); mould (OR = 1.55; IC 95%: 1.14-2.13) and family history of respiratory diseases (OR = 1.72; IC 95%: 1.26-2.35). Upper respiratory tract complaints were associated with: family history of respiratory diseases (OR = 1.44; IC 95%: 1.13-1.85) and mother's smoking (OR = 1.54; IC 95%: 1.01-2.35). Conclusion: The authors concluded that the exposure to environmental tobacco smoke is a risk factor for upper and lower respiratory morbidity among children under 5 years old.

RESUMO

Objetivo: Avaliar a prevalência de morbidade respiratória entre crianças expostas ao fumo passivo e determinar os efeitos do fumo ambiental no sistema respiratório inferior e superior dessas crianças, na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Casuística e método: Este é um estudo censitário do tipo transversal em 1.104 crianças menores de cinco anos. Dados sobre os sintomas respiratórios e as doenças dessas crianças, o histórico familiar de doenças respiratórias, os hábitos tabagísticos dos membros da casa e as condições habitacionais foram avaliados através de um questionário aplicado junto aos pais. Resultados: Das 1.104 crianças, 558 eram do sexo masculino e 546 do feminino. A morbidade respiratória foi maior entre as crianças expostas ao fumo ambiental do que entre as não expostas (82% vs. 74%). Em relação ao trato respiratório inferior as queixas mais comuns foram sibilância (57,7%; OR = 1,32; IC 95%: 1,04-1,68), dispnéia (43,8%; OR = 1,56; IC 95%: 1,22-1,99), asma, bronquite ou pneumonia (29,4%; OR = 1,31; IC 95%: 1,13-1,88). Quanto ao trato respiratório superior, a queixa mais comum foi de rinite em 38,1% dos casos (OR = 1,46; IC 95%: 1,00-1,71). A análise de regressão logística mostrou que as queixas referentes ao trato respiratório inferior se associaram com tabagismo materno (OR = 2,02; IC 95% 1,12-3,66); tabagismo paterno (OR = 1,99; IC 95%: 1,16-3,40); mofo (OR = 1,55; IC 95%: 1,14-2,13) e antecedentes de doenças respiratórias (OR = 1,72; IC 95%: 1,26-2,35). As doenças do trato respiratório superior associaram-se com antecedentes de doenças respiratórias (OR = 1,44; IC 95%: 1,13-1,85) e tabagismo materno (OR = 1,54; IC 95%: 1,01-2,35). Conclusão: A exposição de crianças ao fumo ambiental é um fator de associação para a morbidade do trato respiratório superior e inferior entre menores de cinco anos.


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