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ISSN (on-line): 1806-3756

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Artigo Original

Avaliação do risco de contaminação por bactérias, no paciente submetido à broncoscopia, após o reprocessamento do broncoscópio

Evaluation of the risk of bacterial contamination in the patient submitted to bronchoscopy, after reprocessing the bronchoscope

Nancy Spekla Grande, Romilda Aparecida Nakayama, Antonia Maria de Oliveira Machado, Fábio Akio Yamaguti, Cesar Uehara

ABSTRACT

Introduction: Bronchoscopic is a diagnostic and therapeutic procedure performed by introducing a flexible tube in the airways that allows for the visualization even of the smallest airways. In order to prevent or reduce the risk of infection, the bronchoscope must be adequately disinfected with at least high level disinfection. Purpose: Check for the risk of bacterial contamination for patients submitted to bronchoscopy at the Hospital São Paulo of Unifesp University, State of São Paulo. Methods: From 1997 to 1998, bronchoscope reprocessing included cleaning, rinsing with sterile or potable water, followed by rinsing with 2% glutaraldehyde for 20 minutes, rinsing again with sterile or potable water, and rinsing with 70% ethyl alcohol, and forced-air drying through the suction channel. Samples of 65 patients were collected for microbiologic tests by instilling sterile saline solution through the suction channel of the bronchoscope. Results: After reprocessing, the following were found in the samples: Staphylococcus epidermidis, Enterobacter sp, Acinetobacter baumanni, Streptococcus viridans, Staphylococcus aureus, Streptococcus beta hemoliticus A, Staphylococcus coagulase negative, and mycobacterial growth was found in the culture of five samples. Conclusions: Bronchoscope disinfection with 2% glutaraldehyde was not sufficient to assured disinfection of the scope and the presence of Staphylococcus epidermidis shows that there was bronchoscope contamination due to handling after disinfection.

RESUMO

Introdução: A broncoscopia é um procedimento diagnóstico e terapêutico realizado com a introdução nas vias aéreas de um tubo flexível que permite visualizar até as menores delas. Para evitar ou reduzir o risco de infecções, o broncoscópio deve ser adequadamente desinfetado com, pelo menos, desinfecção de alto nível. Objetivo: Verificar se há risco de contaminação bacteriana para os pacientes submetidos à broncoscopia do Hospital São Paulo da Unifesp, Estado de São Paulo. Métodos: No período de 1997 a 1998, o reprocessamento do broncoscópio incluiu limpeza e enxágüe com água estéril ou potável, seguida de rinsagem com glutaraldeído a 2% por 20 minutos, novo enxágüe com água estéril ou potável e rinsagem com álcool etílico a 70% e secagem com ar forçado pelo canal de sucção. Foram colhidas amostras de 65 pacientes para exames microbiológicos, instalando-se soro fisiológico estéril pelo canal de sucção do broncoscópio. Resultados: Após o reprocessamento foram encontrados nas amostras Staphylococcus epidermidis, Enterobacter sp, Acinetobacter baumanni, Streptococcus viridans, Staphylococcus aureus, Streptococcus beta hemoliticus A, Staphylococcus coagulase negativa e em cinco amostras houve crescimento de microbactéria na cultura. Conclusões: A desinfecção do broncoscópio com glutaraldeído a 2% não foi suficiente para garantir a desinfecção do aparelho e a presença de Staphylococcus epidermidis indica que houve contaminação do broncoscópio pela manipulação após a desinfecção.


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