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Artigo Original

Influence of ascites in the pulmonary function of patients with portal hypertension

Influência da ascite na avaliação da função pulmonar em portadores de hipertensão portal

Angela Maria Stiefano Nitrini, Roberto Stirbulov, Ernani Geraldo Rolim

ABSTRACT

BACKGROUND: Oxygen deficiency in patients with portal hypertension may be secondary to changes in respiratory mechanics due to ascites. OBJECTIVES: Evaluate pulmonary function in patients with portal hypertension before and after reduction of the ascites. METHOD: Fifteen patients with portal hypertension and ascites were submitted to pulmonary function tests, comprising spirometry and arterial blood gas determination, before and after reduction of ascites. The analyzed parameters were: forced vital capacity (FVC); forced expiratory volume in one second (FEV1); forced expiratory flow between 25% - 75% of forced vital capacity (FEF 25-75%); expiratory reserve volume (ERV); FEV1/FVC; arterial oxygen pressure (PaO2); arterial carbon-dioxide pressure (PaCO2) and arterial oxygen saturation (SaO2). RESULTS: There was remarkable improvement in pulmonary volumes after decrease of ascites by treatment with diuretics associated or not to paracentesis. CONCLUSION: We concluded, that in patients with portal hypertension and ascites, there is a decrease of pulmonary volumes compared to predicted values, with significant improvement decrease of ascites. Similarly, an increase of the arterial oxygen pressure and of the arterial oxygen saturation was perceived.

Keywords: Ascites/therapy. Hypertension, portal. Respiratory function tests.

RESUMO

INTRODUÇÃO: A oxigenação inadequada nos pacientes com hipertensão portal pode ser secundária a alterações na mecânica respiratória, determinadas pela presença da ascite. OBJETIVO: Avaliar a função pulmonar de doentes com hipertensão portal antes e após redução do volumeda ascite. Método: Quinze doentes com hipertensão portal e ascite foram submetidos a provas de função pulmonar, constituindo-se de espirometria e gasometria arterial, antes e após redução do volume da ascite. Os parâmetros analisados foram: capacidade vital forçada (CVF); volume expiratório no primeiro segundo (VEF1); fluxo expiratório entre 25 e 75% da CVF (FEF 25-75% ); volume de reserva expiratória (VRE); relação VEF1 / CVF; pressão arterial de oxigênio (PaO2), pressão arterial de dióxido de carbono (PaCO2) e saturação arterial de oxigênio (SaO2). RESULTADOS: Houve melhora significativa dos volumes pulmonares analisados após a diminuição da ascite com o tratamento diurético associado ou não à paracentese. CONCLUSÃO: Concluímos que nos doentes com hipertensão portal e ascite, há diminuição dos volumes pulmonares emrelação aos valores preditos, com melhora significativa após diminuição da ascite. Do mesmo modo, observamos aumento na PaO2 e na SaO2.

Palavras-chave: Ascite/terapia. Hipertensão portal. Testes de função respiratória.


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