Resposta dos autores
Juçara Gasparetto Maccari1,2, Cassiano Teixeira1,2,3
RESPOSTA DOS AUTORES
Agradecemos o interesse na leitura de nosso artigo de revisão, bem como as críticas realizadas.
De fato, recentes melhorias no tratamento com nebulizadores levaram ao desenvolvimento dos nebulizadores de mem-brana (mesh nebulizers), gerando partículas de aerossol com melhor distribuição pulmonar, fato comprovado em estudos in vitro. Dessa forma, são considerados mais eficientes que os nebulizadores de jato, podendo ofertar doses maiores da droga nas vias aéreas distais.(1) Entretanto, são poucos os estudos clínicos que avaliam o uso dessa nova tecnologia em pacientes sob ventilação mecânica, restando algumas dúvidas na prática clínica, tal como, por exemplo, a dose adequada da droga a ser prescrita para esse tipo de nebulizadores. Outras limitações para seu uso são o elevado custo e a difícil higienização do equipamento. (2) Além disso, o uso dos nebulizadores de membrana ainda é muito restrito no nosso meio. Como o nosso artigo de revisão teve como principal objetivo auxiliar na prática clínica diária, foram abordados aspectos relacionados aos inaladores disponíveis na grande maioria dos serviços de terapia intensiva no Brasil.
A umidificação do sistema realmente está associada com o aumento do impacto das partículas no circuito, podendo re-duzir em até 40% a deposição do aerossol nas vias aéreas distais.(2) Porém, a recomendação de retirar o dispositivo de troca de calor e umidade do tipo heat and moisture exchanger (como mostrado na Figura 1 em nosso estudo) durante a nebulização é controversa, uma vez que o aquecimento e a umidificação do sistema visam prevenir hipotermia, obstru-ção do tubo endotraqueal, atelectasia, broncoespasmo e infecção respiratória.(2)
REFERÊNCIAS
1. Ari A. Jet, ultrasonic, and mesh nebulizers: an evaluation of nebulizers for better clinical outcomes. Eurasian J Pulmonol. 2014;16:1-7. http://dx.doi.org/10.5152/ejp.2014.00087
2. Dhand R, Guntur VP. How best to deliver aerosol medications to mechanically ventilated patients. Clin Chest Med. 2008;29(2):277-96. http://dx.doi.org/10.1016/j.ccm.2008.02.003