Resposta dos autores
Aristidis Vasilopoulos1, Nikoleta-Alexandra Pantelidaki2, Aggeliki Tzoura2, Dimitra Papadopoulou2, Stilliani Kotrotsiou3, Theodosios Paralikas3, Eleni Kortianou1, Dimos Mastrogiannis4
DOI: 10.36416/1806-3756/e20220360
AO EDITOR,
Recebemos a correspondência referente ao nosso artigo recém-publicado e lhe agradecemos. Lemos cuidadosamente essa correspondência bem-escrita e ficamos felizes que os autores estejam alinhados com nossos achados e conclusões.
Como é amplamente reconhecido na literatura, não há somente um motivo para descrença ou hesitação em relação à COVID-19 ou às vacinas disponíveis desenvolvidas para proteger a humanidade dessa doença. Mesmo assim, descrença e hesitação têm sido documentadas como um fenômeno mundial que afeta todos os países.
Felizmente, de acordo com Lazarus et al.,(1) a aceitação das vacinas contra a COVID-19 aumentou no último ano na maioria dos 19 países estudados em 2020 e 2021. No entanto, embora o nível de aceitação relatado tenha subido para 75,2% nos 23 países estudados em 2021, ele permanece abaixo do nível necessário para enfrentar a pandemia com sucesso.(1)
Consequentemente, cada país precisa investigar as razões por trás da descrença na COVID-19 e da hesitação vacinal e agir de acordo, pois os fatores associados a esse fenômeno variam consideravelmente de país para país. Alguns desses fatores incluem sexo, idade, renda, condições de saúde e local de residência.(2)
A desinformação circulante também teve um impacto negativo na tentativa de cada sistema nacional de saúde de implementar estratégias cientificamente sólidas para enfrentar a pandemia de COVID-19. Como resultado da desinformação, as pessoas podem ficar confusas e hesitantes, desconfiar da eficácia das vacinas e, consequentemente, evitar a vacinação. Como já foi sugerido,(3) acreditamos firmemente que a atenção primária precisa ser apoiada e utilizada como pilar para informar as pessoas e recuperar sua confiança tanto em relação aos sistemas de saúde quanto às conquistas científicas.
Por fim, defendemos que a cooperação entre as nações, assim como a troca de informações, resultados de pesquisa e boas práticas, são essenciais para o controle efetivo da pandemia.
CONFLITOS DE INTERESSE
Nenhum declarado.
REFERÊNCIAS
1. Lazarus JV, Wyka K, White TM, Picchio CA, Rabin K, Ratzan SC, et al. Revisiting COVID-19 vaccine hesitancy around the world using data from 23 countries in 2021. Nat Commun. 2022;13(1):3801. https://doi.org/10.1038/s41467-022-31441-x
2. Stojanovic J, Boucher VG, Gagne M, Gupta S, Joyal-Desmarais K, Paduano S, et al. Global Trends and Correlates of COVID-19 Vaccination Hesitancy: Findings from the iCARE Study. Vaccines (Basel). 2021;9(6):661. https://doi.org/10.3390/vaccines9060661
3. Tharmaratnam T, D’Urzo A, Cazzola M. Medical knowledge about COVID-19 is travelling at the speed of mistrust: why this is relevant to primary care. Fam Pract. 2022;39(5):988-991. https://doi.org/10.1093/fampra/cmac001