ABSTRACT
Asbestos was largely used in Brazil. It is a mineral that induces pleural and pulmonary fibrosis, and it is a potent carcinogen. Our objective was to develop recommendations for the performance of adequate imaging tests for screening asbestos-related diseases. We searched peer-reviewed publications, national and international technical documents, and specialists' opinions on the theme. Based on that, the major recommendations are: Individuals exposed to asbestos at the workplace for = 1 year or those with a history of environmental exposure for at least 5 years, all of those with a latency period > 20 years from the date of initial exposure, should initially undego HRCT of the chest for investigation. Individuals with pleural disease and/or asbestosis should be considered for regular lung cancer monitoring. Risk calculators should be adopted for lung cancer screening, with a risk estimate of 1.5%.
Keywords:
Asbestosis/diagnosis; Asbestosis/prevention & control; Environmental exposure; Occupational exposure.
RESUMO
O amianto foi amplamente utilizado no Brasil. É um mineral que induz fibrose pleural e pulmonar, e é um potente carcinógeno. Nosso objetivo foi desenvolver recomendações para a realização de exames de imagem adequados para triagem de doenças relacionadas ao amianto. Buscamos publicações revisadas por pares, documentos técnicos nacionais e internacionais e opiniões de especialistas sobre o tema. Com base nisso, as principais recomendações são: indivíduos expostos ao amianto no local de trabalho por ≥ 1 ano ou aqueles com histórico de exposição ambiental por pelo menos 5 anos, todos aqueles com período de latência > 20 anos a partir da data da exposição inicial, devem inicialmente realizar TCAR de tórax para investigação. Indivíduos com doença pleural e/ou asbestose devem ser considerados para monitoramento regular de câncer de pulmão. Calculadoras de risco devem ser adotadas para triagem de câncer de pulmão, com estimativa de risco de 1,5%.
Palavras-chave:
Asbestose/diagnóstico; Asbestose/prevenção & controle; Exposição ambiental; Exposição ocupacional.
INTRODUÇÃO Amianto é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de minerais naturais que ocorrem na forma de fibras (razão comprimento/diâmetro ≥ 3:1), compostos principalmente de silicatos de magnésio hidratados e um conteúdo variável de outros cátions, como ferro, alumínio e sódio.(1)
O amianto tem sido empregado em diferentes setores produtivos da indústria de transformação devido às suas propriedades físicas e químicas de resistência ao calor, mesmo em altas temperaturas, baixa densidade, flexibilidade, resistência mecânica e química, e também devido ao seu baixo custo.
As fibras inaladas podem causar um espectro de doenças, incluindo câncer de pulmão; mesotelioma maligno da pleura, peritônio, pericárdio e túnica vaginal; câncer de laringe e ovário; doenças pleurais não malignas; asbestose; e obstrução do fluxo de ar.(2,3) Evidências menos consistentes mostraram que elas estão associadas a uma maior incidência de fibrose retroperitoneal.(3) A exposição ao amianto é o principal fator de risco para câncer ocupacional em todo o mundo e uma causa significativa de doença e incapacidade.(4)
A incidência e prevalência dessas doenças estão intimamente relacionadas à exposição ocupacional e ambiental ao amianto, como trabalhadores em mineração e processamento de amianto, bem como trabalhadores em indústrias de produtos manufaturados, como cimento-amianto, peças automotivas, produtos têxteis, materiais de isolamento térmico e outros. Parentes de trabalhadores expostos e pessoas que vivem em comunidades ao redor de áreas de mineração e industriais também enfrentam risco de exposição.(5,6)
Não há marcadores sorológicos nem outros tipos de marcadores para o diagnóstico precoce das doenças relacionadas à exposição ao amianto mencionadas. Para doenças pleuropulmonares, objeto do presente documento, a imagem de tórax é o método de detecção usado globalmente.
No Brasil, apesar dos esforços para restringir a produção e o uso do amianto, o número de casos notificados de doenças relacionadas ao amianto ainda é muito menor do que as estimativas,(7,8) o que reforça a necessidade de desenvolvimento de programas estruturados para o rastreamento dessas doenças, com a incorporação de métodos de imagem mais sensíveis, como a TC de tórax.(9-13)
OBJETIVO Desenvolver recomendações para o rastreio de doenças pleuropulmonares relacionadas com a exposição ao amianto através da realização de exames de imagem.
MÉTODOS Foi elaborada uma revisão narrativa da literatura sobre diagnóstico por imagem de doenças não malignas relacionadas ao amianto e triagem de câncer de pulmão em indivíduos expostos ao amianto. A literatura usada no desenvolvimento deste documento abrangeu publicações revisadas por pares e documentos de instituições nacionais e internacionais. Com base nessa revisão narrativa, um painel de especialistas composto por pneumologistas e um radiologista com experiência na área propôs recomendações para o diagnóstico e monitoramento de indivíduos expostos ao amianto.
EPIDEMIOLOGIA A exposição ao amianto é um dos principais fatores de risco ocupacional para doenças respiratórias e tem o maior impacto na morbidade e mortalidade. Estimativas globais para 2019 revelaram que 239,3 mil mortes e 4,189 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade derivam da exposição ao amianto.(4) O maior impacto está associado ao câncer de pulmão, no qual o amianto é responsável por aproximadamente 10% das mortes globais, sem mencionar milhares de casos de mesotelioma de membranas serosas diagnosticados anualmente.(4,14) Estimativas globais para o mesmo ano sugerem que o câncer de pulmão tem a maior incidência (2,26 milhões) e a maior mortalidade (2,04 milhões) entre os cânceres.(4,15)
No Brasil, um estudo transversal envolvendo ex-trabalhadores de cimento-amianto que foram empregados predominantemente nas décadas de 1960 e 1970 encontrou uma alta prevalência de doenças não malignas relacionadas ao amianto e uma redução progressiva na prevalência entre aqueles empregados na década de 1980,(16) uma tendência previsível devido às pressões para a proibição do amianto, o que causou uma redução lenta no uso do amianto. Dados de outros países(17) e dados globais(14) indicaram uma redução mais lenta na mortalidade, variando entre os países e com um impacto maior previsto a partir de 2030. Um estudo ecológico sugeriu maior mortalidade por câncer de pulmão em homens e mulheres, por mesotelioma em homens e por câncer de ovário em mulheres em um conjunto de municípios que abrigavam fábricas de cimento-amianto e/ou mineração de amianto no Brasil,(18) corroborando outro estudo que encontrou evidências de uma importante subnotificação de casos de doenças relacionadas ao amianto no país.(19)
É importante lembrar que o tabagismo é o principal fator de risco para câncer de pulmão, seguido pela exposição ao amianto e poluição do ar,(4,15) e está bem estabelecido que a exposição ao amianto e à fumaça do tabaco apresenta um sinergismo positivo, ou seja, o risco associado de ambas as exposições é maior do que a soma dos respectivos riscos para incidência de câncer de pulmão.(20,21) A prevalência da soma de fumantes e ex-fumantes no Brasil e no mundo ultrapassa 40% da população acima de 18 anos, sendo maior no sexo masculino,(22,23) ou seja, um grande número de trabalhadores adultos pode ter sido exposto aos dois fatores de risco: amianto e tabagismo.
Estudos indicam que a exposição ocupacional ao amianto está associada a um risco relativo de incidência de câncer de pulmão de 2 a 10 vezes maior em comparação à população em geral, e tem uma relação dose-resposta com a concentração de fibras no ambiente de trabalho e a exposição cumulativa,(24) sem mencionar o efeito sinérgico com outros carcinógenos, como os presentes na fumaça do tabaco.(20)
MÉTODOS DE IMAGEM A radiografia de tórax é o exame exigido pela legislação brasileira de segurança e medicina do trabalho(25) para o monitoramento periódico de trabalhadores expostos à poeira mineral. A radiografia de tórax periódica tem como vantagens a interpretação padronizada pelos critérios da Classificação Internacional de Radiografias de Pneumoconioses da Organização Internacional do Trabalho(26) e a baixa dose de radiação. Embora seja amplamente utilizada e esteja em conformidade com a legislação brasileira de segurança do trabalho,(25) a radiografia de tórax perdeu relevância com o advento da TC, principalmente com a redução drástica da radiação ionizante possibilitada pelos novos aparelhos de tomografia.(27)
Está bem estabelecido que a TC de tórax é mais sensível para o diagnóstico de doenças relacionadas à exposição ao amianto.(9,13) A TCAR, incluindo a TC de tórax de baixa dosagem,(28) fornece um diagnóstico mais preciso de doenças pulmonares intersticiais, como a asbestose, e de espessamento pleural, como placas pleurais. Além disso, é mais indicada para o diagnóstico precoce de nódulos pulmonares. Entre 20% e 50% das anormalidades pleurais visualizadas em autópsias e imagens de TC não são visualizadas em radiografias, e 15-30% dos indivíduos com radiografias interpretadas como normais apresentam anormalidades sugestivas de asbestose na TCAR. Além de maior sensibilidade e especificidade, a TCAR de tórax também apresenta menor variabilidade entre leitores experientes de radiografia de tórax quando comparada à radiografia. (2,9 13,16,29) Os padrões das imagens tomográficas também permitem melhorar o diagnóstico diferencial entre asbestose e doenças pulmonares intersticiais de outras etiologias(30,31) e uma maior precisão na identificação de nódulos pulmonares.(32,33)
No cenário atual, a maioria dos indivíduos expostos ao amianto apresenta doses de exposição menores porque começaram a trabalhar na década de 1980, década em que se iniciaram os movimentos e ações para restringir e eliminar o uso do amianto. Embora tais movimentos e ações tenham tido alcance reduzido, eles conseguiram promover um melhor controle ambiental e proibir o uso de anfibólios. Como consequência, os indivíduos expostos podem apresentar anormalidades sutis, tanto na pleura quanto no parênquima. Além disso, indivíduos com histórico de tabagismo, enfisema e/ou bronquite crônica ou outras doenças pulmonares relacionadas ao tabaco, idade avançada, insuficiência cardíaca, obesidade e outras exposições a poeira ou partículas podem apresentar anormalidades radiográficas que dificultam a identificação adequada da asbestose e reduzem a precisão da interpretação.(2,13,30,31,34,35)
As sociedades especializadas na área torácica há muito tempo vêm indicando o uso da TCAR de tórax para diagnosticar doenças pulmonares intersticiais. (36) Portanto, não há justificativa para não indicar a TCAR para o diagnóstico e monitoramento de doenças intersticiais em geral e restringi-la no caso de doenças intersticiais ocupacionais, como a asbestose.
Por outro lado, a identificação de anomalias não malignas, especialmente a asbestose,(21) mas também as placas pleurais,(37,38) permite avaliar a inclusão destes indivíduos no grupo de alto risco para desenvolver câncer do pulmão e garantir que sejam monitorizados.
Além disso, estudos realizados nos últimos 20 anos mostraram que a sensibilidade da TCAR de baixa dosagem (TCAR-BD), com menor exposição à radiação para detectar anormalidades pulmonares intersticiais é aparentemente semelhante à da tomografia de cortes finos convencional (TCAR), e ambas são superiores à tomografia convencional inicial mais antiga,(38-42). Um estudo envolvendo 2.760 trabalhadores de armas nucleares potencialmente expostos ao amianto descobriu que a TCAR-BD permitiu a detecção de 3,7 vezes mais placas pleurais e cinco vezes mais doenças pulmonares intersticiais do que a radiografia de tórax.(33)
Esses resultados estimularam a realização de estudos com foco no rastreamento de longo prazo para o diagnóstico precoce de câncer de pulmão,(25) o que demanda exames repetidos com o uso da TCAR-BD e, mais recentemente, da TCAR ultra-BD.(41-44) No passado, a dose de radiação de uma tomografia de tórax convencional costumava ser maior do que a dose de 100 radiografias de tórax. Estudos comparativos mostraram que a exposição por exame foi reduzida com o uso da tomografia helicoidal de baixa dose equipada com um número maior de detectores (32 ou mais) e novos algoritmos para reconstrução de imagem. Tais estudos encontraram exposições à radiação, medidas em milisieverts (mSv), de 0,16 mSv e 1-2 mSv de TCAR ultra-BD e TCAR-BD, respectivamente, em comparação com 0,05 mSv e 0,24 mSv de radiografia de tórax lateral e posteroanterior, sendo as imagens adquiridas com qualidade apropriada.(43-46) O risco da TCAR não é zero, mas é muito menor do que os benefícios relacionados à redução da mortalidade por câncer de pulmão revelados por muitos estudos conduzidos com populações de risco. Embora não seja possível produzir estimativas precisas, o risco estimado(47) é calculado com base nos efeitos da radiação da exposição às bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Dessa forma, estima-se o risco de que a exposição anual de um indivíduo de 50 a 75 anos à radiação da TCAR-BD seja de 1,8% (IC 95%: 0,5-5,5%), muito inferior à redução de mortalidade encontrada em diferentes estudos de rastreamento, que varia entre 15% e 30%.(27,48-50)
Como os estudos têm demonstrado uma inclinação favorável à utilização da TCAR no rastreamento do câncer de pulmão, seu uso passou a ser recomendado nos EUA,(48-50) em países europeus,(51) pelo Collegium Ramazzini,(27) e, recentemente, pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia,(52) para indivíduos que preencham os critérios sugeridos nos estudos, centrados no principal fator de risco: o tabagismo. Uma das preocupações nos estudos de rastreamento é o sobrediagnóstico de nódulos não neoplásicos, levando a procedimentos que têm impacto negativo nos pacientes. No entanto, análises de muitos estudos internacionais e brasileiros têm mostrado apenas algumas complicações relevantes e que os benefícios superam os riscos.(50-52)
O risco de câncer de pulmão de indivíduos com histórico de exposição ocupacional ao amianto é comparável ou maior do que o de indivíduos que atendem aos critérios clássicos de elegibilidade para programas de triagem de câncer de pulmão com TCAR-BD,(49,53,54) mesmo que tenham sido ex-fumantes por mais de 15 anos ou tenham fumado menos de 20 anos-maço. Uma diretriz recente da American Cancer Society(49) recomenda, entre outras atualizações, que o número de anos desde a cessação do tabagismo não deve ser mais um critério de elegibilidade para inclusão em programas de triagem, o que é algo que outros estudos, como aqueles que sugerem o uso de calculadoras de risco,(55-57) já fazem.
Um modelo desenvolvido na Inglaterra para avaliar a previsão de risco com base em um estudo de coorte envolvendo mais de 18 milhões de indivíduos revelou que a exposição ao amianto é um dos principais fatores de previsão de risco para câncer de pulmão.(57)
RECOMENDAÇÕES 1. Para todos os indivíduos com histórico de exposição ocupacional ao amianto por pelo menos um ano, ou exposição doméstica (familiares de trabalhadores expostos por meio de roupas com probabilidade de contaminação ou exposição a produtos de amianto trazidos para uso dentro do domicílio) ou exposição ambiental (indivíduos que vivem perto de empresas de mineração ou fábricas envolvidas na fabricação de produtos de amianto) por pelo menos 5 anos, com latência de 20 anos ou mais, a recomendação é que, além da avaliação clínica e funcional, sejam submetidos à TCAR de tórax como primeiro exame de imagem (Tabela 1).
Com base nos achados obtidos através das imagens e nos aspectos clínicos e funcionais, os indivíduos podem ser acompanhados através de critérios definidos de acordo com o risco potencial, conforme segue:
1.1. Indivíduos com idade entre 50 e 75 anos que apresentem placas pleurais e/ou espessamento pleural difuso, com ou sem atelectasia redonda, e/ou sinais compatíveis com asbestose, principalmente presença de pontos e linhas subpleurais, espessamento dos septos interlobulares, bandas parenquimatosas, opacidades em vidro fosco, perfusão em mosaico nos casos iniciais e, nos casos mais avançados, também bronquiectasias de tração e faveolamento,(2,58,59) além de avaliação clínica prévia, devem ser submetidos à avaliação da função respiratória, que deve ser minuciosa sempre que possível (não somente espirometria), com determinação da DLCO. Caso atendam aos critérios de inclusão, como ausência de comorbidades que imponham limitações aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos em caso de diagnóstico de câncer, esses devem ser acompanhados conforme item 1.2 abaixo.
1.2. Recomenda-se o rastreamento anual de câncer de pulmão aos serviços que atendem aos requisitos sugeridos nos estudos e recomendações.(27,49-52,60) Tais serviços devem planejar a realização oportuna dos exames, incluindo reavaliações de acordo com a indicação dos nódulos encontrados, e a realização de procedimentos de diagnóstico, acompanhamento e tratamento, com uso da TCAR-BD para minimizar os riscos de exposição à radiação.
2. Indivíduos com idade entre 50 anos e até 75 anos com exposição ocupacional ao amianto por um ano ou mais ou exposição doméstica e/ou ambiental por 5 anos ou mais, com latência de 20 anos ou mais, para qualquer uma das condições de exposição, mesmo que não apresentem doenças relacionadas ao amianto no momento, devem ser considerados expostos de forma significativa e avaliados por meio do uso de calculadoras de risco para inclusão no programa de triagem com o uso de TCAR-BD de tórax. Caso não atendam a tais critérios, podem ser incluídos no programa de triagem por meio dos demais fatores avaliados pelas calculadoras.
3. O rastreio com TCAR-BD de tórax deve ser realizado em indivíduos com histórico de exposição ocupacional ao amianto que preencham os critérios descritos acima se a sua estimativa de risco para câncer de pulmão for de pelo menos 1,5% de acordo com o Liverpool Lung Project (https://liverpoollungproject.org.uk/MLRV3/MLRCalculation.html) ou calculadoras Can Predict.(55-57)1
4. Para a avaliação de exames de TC no programa de rastreamento de câncer de pulmão, deve-se utilizar a classificação dos achados e os critérios diagnósticos recomendados pelo Lung Imaging Reporting and Data System (Lung-RADS),(61) ferramenta recomendada em programas de rastreamento de câncer de pulmão. (51,54-57)
5. Todos os serviços envolvidos em programas de rastreamento de câncer de pulmão devem ter o apoio de programas de cessação do tabagismo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS O diagnóstico e o registro de doenças ocupacionais têm sido historicamente inadequados e limitados por muitas razões, como a educação deficiente dos profissionais de saúde e a falta de serviços especializados no Brasil. Doenças respiratórias decorrentes da exposição ao amianto estão incluídas neste contexto. Diagnosticar doenças relacionadas ao amianto é necessário para melhorar o monitoramento da saúde dos pacientes. Além disso, com tal diagnóstico, o Brasil pode ter conhecimento preciso das repercussões do uso do amianto, e as vítimas terão o direito de buscar indenização se desejarem, seja do Estado (previdência social, cuidados ambientais) ou das empresas que geraram a exposição.
O presente documento representa a posição do Comitê de Doenças Ambientais e Ocupacionais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia sobre o rastreamento, diagnóstico e acompanhamento das doenças relacionadas ao amianto, com o objetivo principal de melhorar seu reconhecimento e monitoramento.
CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES Todos os autores participaram de uma ou mais etapas de desenvolvimento dessas recomendações e todos leram e aprovaram a versão final do manuscrito.
CONFLITOS DE INTERESSE Nenhum declarado.
REFERÊNCIAS 1. Shukla A, Gulumian M, Hei TK, Kamp D, Rahman Q, Mossman BT. Multiple roles of oxidants in the pathogenesis of asbestos-induced diseases. Free Radic Biol Med. 2003;34(9):1117-1129. https://doi.org/10.1016/S0891-5849(03)00060-1
2. American Thoracic Society. Diagnosis and initial management of nonmalignant diseases related to asbestos. Am J Respir Crit Care Med. 2004;170(6):691-715. https://doi.org/10.1164/rccm.200310-1436ST
3. Wolff H, Vehmas T, Oksa P, Rantanen J, Vainio H. Asbestos, asbestosis, and cancer, the Helsinki criteria for diagnosis and attribution 2014: recommendations. Scand J Work Environ Health. 2015;41(1):5-15. https://doi.org/10.5271/sjweh.3462
4. GBD 2019 Risk Factors Collaborators. Global burden of 87 risk factors in 204 countries and territories, 1990-2019: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. Lancet. 2020;396(10258):1223-1249. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30752-2
5. Magnani C, Dalmasso P, Biggeri A, Ivaldi C, Mirabelli D, Terracini B. Increased risk of malignant mesothelioma of the pleura after residential or domestic exposure to asbestos: a case-control study in Casale Monferrato, Italy. Environ Health Perspect. 2001;109(9):915-919. https://doi.org/10.1289/ehp.01109915
6. Kwak K, Kang D, Paek D. Environmental exposure to asbestos and the risk of lung cancer: a systematic review and meta-analysis. Occup Environ Med. 2022;79(3):207-214. https://doi.org/10.1136/oemed-2020-107222
7. Algranti E, Saito CA, Carneiro AP, Moreira B, Mendonça EM, Bussacos MA. The next mesothelioma wave: mortality trends and forecast to 2030 in Brazil. Cancer Epidemiol. 2015;39(5):687-692. https://doi.org/10.1016/j.canep.2015.08.007
8. Park EK, Takahashi K, Hoshuyama T, Cheng TJ, Delgermaa V, Le GV, et al. Global magnitude of reported and unreported mesothelioma. Environ Health Perspect. 2011;119(4):514-518. https://doi.org/10.1289/ehp.1002845
9. Aberle DR, Gamsu G, Ray CS. High-resolution CT of benign asbestos-related diseases: clinical and radiographic correlation. AJR Am J Roentgenol. 1988; 151(5):883-891. https://doi.org/10.2214/ajr.151.5.883
10. Bégin R, Ostiguy G, Filion R, Colman N, Bertrand P. Computed tomography in the early detection of asbestosis. Br J Ind Med. 1993;50(8):689-698. https://doi.org/10.1136/oem.50.8.689
11. Gamsu G, Salmon CJ, Warnock ML, Blanc PD. CT quantification of interstitial fibrosis in patients with asbestosis: a comparison of two methods. AJR Am J Roentgenol. 1995;164(1):63-68. https://doi.org/10.2214/ajr.164.1.7998570
12. Gevenois PA, de Maertelaer V, Madani A, Winant C, Sergent G, De Vuyst P. Asbestosis, pleural plaques and diffuse pleural thickening: three distinct benign responses to asbestos exposure. Eur Respir J. 1998;11(5):1021-1027. https://doi.org/10.1183/09031936.98.11051021
13. Ross RM. The clinical diagnosis of asbestosis in this century requires more than a chest radiograph. Chest. 2003;124(3):1120-1128. https://doi.org/10.1378/chest.124.3.1120
14. Miao X, Yao T, Dong C, Chen Z, Wei W, Shi Z, et al. Global, regional, and national burden of non-communicable diseases attributable to occupational asbestos exposure 1990-2019 and prediction to 2035: worsening or improving? BMC Public Health. 2024; 24(1):832. https://doi.org/10.1186/s12889-024-18099-4
15. Kocarnik JM, Compton K, Dean FE, Fu W, Gaw BL, Harvey JD, et al. Cancer Incidence, Mortality, Years of Life Lost, Years Lived With Disability, and Disability-Adjusted Life Years for 29 Cancer Groups From 2010 to 2019: A Systematic Analysis for the Global Burden of Disease Study 2019. JAMA Oncol. 2022;8(3):420-444. https://doi.org/10.1001/jamaoncol.2021.6987
16. Algranti E, Mendonça EM, DeCapitani EM, Freitas JB, Silva HC, Bussacos MA. Non-malignant asbestos-related diseases in Brazilian asbestos-cement workers. Am J Ind Med. 2001;40(3):240-254. https://doi.org/10.1002/ajim.1095
17. Baur X. Asbestos-Related Disorders in Germany: Background, Politics, Incidence, Diagnostics and Compensation. Int J Environ Res Public Health. 2018;15(1):143. https://doi.org/10.3390/ijerph15010143
18. Sex-Specific Mortality from Asbestos-Related Diseases, Lung and Ovarian Cancer in Municipalities with High Asbestos Consumption, Brazil, 2000-2017 [published correction appears in Int J Environ Res Public Health. 2022 May 31;19(11):6720. doi: 10.3390/ijerph19116720]. Int J Environ Res Public Health. 2022;19(6):3656. https://doi.org/10.3390/ijerph19116720
19. Santana VS, Salvi L, Cavalcante F, Campos F, Algranti E. Underreporting of mesothelioma, asbestosis and pleural plaques in Brazil. Occup Med (Lond). 2021;71(4-5):223-230. https://doi.org/10.1093/occmed/kqab073
20. World Health Organization. International Agency for Research on Cancer (IARC). IARC Monographs on the Evaluation of Carcinogenic Risks to Humans. Arsenic, metals, fibers and dust, Vol 100C. Lyon, France: IARC; 2012.
21. Markowitz SB, Levin SM, Miller A, Morabia A. Asbestos, asbestosis, smoking, and lung cancer. New findings from the North American insulator cohort. Am J Respir Crit Care Med. 2013;188(1):90-96. https://doi.org/10.1164/rccm.201302-0257OC
22. Malta DC, Gomes CS, Andrade FMD, Prates EJS, Alves FTA, Oliveira PPV, et al. Tobacco use, cessation, secondhand smoke and exposure to media about tobacco in Brazil: results of the National Health Survey 2013 and 2019. Rev Bras Epidemiol. 2021;24(suppl 2):e210006. https://doi.org/10.1590/1980-549720210006.supl.2
23. WHO. WHO global report on trends in prevalence of tobacco use 2000-2025. 4th ed. Geneva: World Health Organization; 2021.
24. Klebe S, Leigh J, Henderson DW, Nurminen M. Asbestos, Smoking and Lung Cancer: An Update. Int J Environ Res Public Health. 2019;17(1):258. https://doi.org/10.3390/ijerph17010258
25. gov.br. Presidência da República. Ministério do Trabalho e Emprego homepage on the Internet]. Brasília: o Ministério; c2023 [updated 2023 Feb 14; cited 2024 Apr 6]. Normas Regulamentadoras - NR. Available from: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/inspecao-do-trabalho/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-nrs
26. International Labour Organization (ILO) [homepage on the Internet]. Geneva: International Labour Office; c2022 [cited 2024 Apr 6]. Guidelines for the use of the ILO International Classification of Radiographs of Pneumoconioses. Revised edition 2022. [Adobe Acrobat document, 45p.]. Available from: https://www.ilo.org/resource/ilo-international-classification-radiographs-pneumoconioses-1
27. Markowitz S, Ringen K, Dement JM, Straif K, Christine Oliver L, Algranti E, et al. Occupational lung cancer screening: A Collegium Ramazzini statement. Am J Ind Med. 2024;67(4):289-303. https://doi.org/10.1002/ajim.23572
28. Nogami S, J-P NA, Nogami M, Matsui T, Ngatu NR, Tamura T, et al. Radiographic diagnosis of Pneumoconioses by AIR Pneumo-trained physicians: Comparison with low-dose thin-slice computed tomography. J Occup Health. 2020;62(1):e12141. https://doi.org/10.1002/1348-9585.12141
29. Bégin R, Ostiguy G, Filion R, Groleau S. Recent advances in the early diagnosis of asbestosis. Semin Roentgenol. 1992;27(2):121-139. https://doi.org/10.1016/0037-198X(92)90054-6
30. Akira M, Yamamoto S, Inoue Y, Sakatani M. High-resolution CT of asbestosis and idiopathic pulmonary fibrosis. AJR Am J Roentgenol. 2003;181(1):163-169. https://doi.org/10.2214/ajr.181.1.1810163
31. Arakawa H, Kishimoto T, Ashizawa K, Kato K, Okamoto K, Honma K, et al. Asbestosis and other pulmonary fibrosis in asbestos-exposed workers: high-resolution CT features with pathological correlations. Eur Radiol. 2016;26(5):1485-1492. https://doi.org/10.1007/s00330-015-3973-z
32. Markowitz SB. Lung Cancer Screening in Asbestos-Exposed Populations. Int J Environ Res Public Health. 2022;19(5):2688. https://doi.org/10.3390/ijerph19052688
33. Miller A, Widman SA, Miller JA, Manowitz A, Markowitz SB. Comparison of x-ray films and low-dose computed tomographic scans: demonstration of asbestos-related changes in 2760 nuclear weapons workers screened for lung cancer. J Occup Environ Med. 2013;55(7):741-745. https://doi.org/10.1097/JOM.0b013e3182954067
34. Nair A, Hansell DM. High-resolution computed tomography features of smoking-related interstitial lung disease. Semin Ultrasound CT MR. 2014;35(1):59-71. https://doi.org/10.1053/j.sult.2013.10.005
35. Vehmas T, Kivisaari L, Huuskonen MS, Jaakkola MS. Scoring CT/HRCT findings among asbestos-exposed workers: effects of patient’s age, body mass index and common laboratory test results. Eur Radiol. 2005;15(2):213-219. https://doi.org/10.1007/s00330-004-2552-5
36. Raghu G, Remy-Jardin M, Myers JL, Richeldi L, Ryerson CJ, Lederer DJ, et al. Diagnosis of Idiopathic Pulmonary Fibrosis. An Official ATS/ERS/JRS/ALAT Clinical Practice Guideline. Am J Respir Crit Care Med. 2018;198(5):e44-e68. https://doi.org/10.1164/rccm.201807-1255ST
37. Brims FJH, Kong K, Harris EJA, Sodhi-Berry N, Reid A, Murray CP, et al. Pleural Plaques and the Risk of Lung Cancer in Asbestos-exposed Subjects. Am J Respir Crit Care Med. 2020;201(1):57-62. https://doi.org/10.1164/rccm.201901-0096OC
38. Remy-Jardin M, Sobaszek A, Duhamel A, Mastora I, Zanetti C, Remy J. Asbestos-related pleuropulmonary diseases: evaluation with low-dose four-detector row spiral CT. Radiology. 2004;233(1):182-190. https://doi.org/10.1148/radiol.2331031133
39. Carrillo MC, Alturkistany S, Roberts H, Nguyen E, Chung TB, Paul N, et al. Low-dose computed tomography (LDCT) in workers previously exposed to asbestos: detection of parenchymal lung disease. J Comput Assist Tomogr. 2013;37(4):626-630. https://doi.org/10.1097/RCT.0b013e31828e1b8e
40. Harris EJA, Lim KP, Moodley Y, Adler B, Sodhi-Berry N, Reid A, et al. Low dose CT detected interstitial lung abnormalities in a population with low asbestos exposure. Am J Ind Med. 2021;64(7):567-575. https://doi.org/10.1002/ajim.23251
41. Zhu X, Yu J, Huang Z. Low-dose chest CT: optimizing radiation protection for patients. AJR Am J Roentgenol. 2004;183(3):809-816. https://doi.org/10.2214/ajr.183.3.1830809
42. Ludes C, Schaal M, Labani A, Jeung MY, Roy C, Ohana M. Ultra-low dose chest CT: The end of chest radiograph? [Article in French]. Presse Med. 2016;45(3):291-301. https://doi.org/10.1016/j.lpm.2015.12.003
43. Neroladaki A, Botsikas D, Boudabbous S, Becker CD, Montet X. Computed tomography of the chest with model-based iterative reconstruction using a radiation exposure similar to chest X-ray examination: preliminary observations. Eur Radiol. 2013;23(2):360-366. https://doi.org/10.1007/s00330-012-2627-7
44. O’Brien C, Kok HK, Kelly B, Kumamaru K, Sahadevan A, Lane S, et al. To investigate dose reduction and comparability of standard dose CT vs Ultra low dose CT in evaluating pulmonary emphysema. Clin Imaging. 2019;53:115-119. https://doi.org/10.1016/j.clinimag.2018.10.012
45. Markowitz SB, Manowitz A, Miller JA, Frederick JS, Onyekelu-Eze AC, Widman SA, et al. Yield of Low-Dose Computerized Tomography Screening for Lung Cancer in High-Risk Workers: The Case of 7189 US Nuclear Weapons Workers. Am J Public Health. 2018;108(10):1296-1302. https://doi.org/10.2105/AJPH.2018.304518
46. Radiological Society of North America (RSNA) [homepage on the Internet]. Oakbrook, IL: RSNA; c2022 [updated 2022 Nov 1; cited 2024 Apr 25]. Effective radiation dose in adults Available from: https://wwwradiologyinfoorg/en/info/safety-xray
47. Brenner DJ. Radiation risks potentially associated with low-dose CT screening of adult smokers for lung cancer. Radiology. 2004;231(2):440-445. https://doi.org/10.1148/radiol.2312030880
48. Jonas DE, Reuland DS, Reddy SM, Nagle M, Clark SD, Weber RP, et al. Screening for Lung Cancer With Low-Dose Computed Tomography: Updated Evidence Report and Systematic Review for the US Preventive Services Task Force. JAMA. 2021;325(10):971-987. https://doi.org/10.1001/jama.2021.0377
49. U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) [homepage on the Internet]. Rockville, MD: USPSTF; c2021 [updated 2021 Mar 9; cited 2024 Apr 1]. Final Recommendation Statement. Lung Cancer: Screening. Available from: https://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/document/RecommendationStatementFinal/lung-cancer-screening
50. Wolf AMD, Oeffinger KC, Shih TY-C, Walter LC, Church TR, Fontham ETH, et al. Screening for lung cancer: 2023 guideline update from the American Cancer Society. CA Cancer J Clin. 2024;74(1):50-81. https://doi.org/10.3322/caac.21811
51. Baldwin D, O’Dowd E, Tietzova I, Kerpel-Fronius A, Heuvelmans M, Snoeckx A, et al. Developing a pan-European technical standard for a comprehensive high-quality lung cancer computed tomography screening programme: an ERS technical standard. European Respiratory Journal. 2023;61(6):2300128. https://doi.org/10.1183/13993003.00128-2023
52. Pereira LFF, Santos RSD, Bonomi DO, Franceschini J, Santoro IL, Miotto A, et al. Lung cancer screening in Brazil: recommendations from the Brazilian Society of Thoracic Surgery, Brazilian Thoracic Association, and Brazilian College of Radiology and Diagnostic Imaging. J Bras Pneumol. 2024;50(1):e20230233. https://doi.org/10.36416/1806-3756/e20230233
53. National Lung Screening Trial Research Team; Aberle DR, Adams AM, Berg CD, Black WC, Clapp JD, et al. Reduced lung-cancer mortality with low-dose computed tomographic screening. N Engl J Med. 2011;365(5):395-409. https://doi.org/10.1056/NEJMoa1102873
54. de Koning HJ, van der Aalst CM, de Jong PA, Scholten ET, Nackaerts K, Heuvelmans MA, et al. Reduced Lung-Cancer Mortality with Volume CT Screening in a Randomized Trial. N Engl J Med. 2020;382(6):503-513. https://doi.org/10.1056/NEJMoa1911793
55. Cassidy A, Myles JP, van Tongeren M, et al. The LLP risk model: an individual risk prediction model for lung cancer. Br J Cancer. 2008;98(2):270-276. https://doi.org/10.1038/sj.bjc.6604158
56. Field JK, Vulkan D, Davies MPA, Duffy SW, Gabe R. Liverpool Lung Project lung cancer risk stratification model: calibration and prospective validation. Thorax. 2021;76(2):161-168. https://doi.org/10.1136/thoraxjnl-2020-215158
57. Liao W, Coupland CAC, Burchardt J, Baldwin DR; DART initiative; Gleeson FV, et al. Predicting the future risk of lung cancer: development, and internal and external validation of the CanPredict (lung) model in 19•67 million people and evaluation of model performance against seven other risk prediction models. Lancet Respir Med. 2023;11(8):685-697. https://doi.org/10.1016/S2213-2600(23)00050-4
58. Akira M, Morinaga K. The comparison of high-resolution computed tomography findings in asbestosis and idiopathic pulmonary fibrosis. Am J Ind Med. 2016;59(4):301-306. https://doi.org/10.1002/ajim.22573
59. Masanori A. Imaging diagnosis of classical and new pneumoconiosis: predominant reticular HRCT pattern. Insights Imaging. 2021;12(1):33. https://doi.org/10.1186/s13244-021-00966-y
60. Mazzone PJ, Silvestri GA, Souter LH, Caverly TJ, Kanne JP, Katki HA, et al. Screening for Lung Cancer: CHEST Guideline and Expert Panel Report. Chest. 2021;160(5):e427-e494. https://doi.org/10.1016/j.chest.2021.06.063
61. American College of Radiology (ACR) [homepage on the Internet]. Philadel-phia, PA: ACR; c2022 [cited 2024 Apr 1]. Lung-RADS® v2022. [Adobe Acro-bat document, 2p.]. Available from: https://www.acr.org/-/media/ACR/Files/RADS/Lung-RADS/Lung-RADS-2022.pdf